A delinquência socializada

07-09-2010 13:39

 

A delinquência socializada consiste em comportamentos ilegais associados com a pertença de uma subcultura que aprova padrões anti- sociais de conduta. Os membros de subculturas delinquentes colaboram em actividades transgressoras da lei, que são uma parte regular para eles não extraordinárias da sua vida diária. Este padrão de comportamento também é geralmente referido como “subculturalmente desviante” ou delinquência “de tipo grupal”.

Este tipo de delinquência é caracterizada mais por um comportamento adaptativo do que desadaptativo, e mais por actos sociais do que solitários.

A natureza adaptativa da delinquência socializada foi descrita pela primeira vez por Jenkins (1955) que fez algumas das primeiras pesquisas, na diferenciação de delinquentes de acordo com o seu estilo de personalidade. Como Jenkins e outros autores detalharam, os delinquentes socializados participam num comportamento planeado, fácil de compreender, que viola a lei como uma expressão das necessidades e das atitudes do grupo. Não se verificou que os delinquentes socializados difiram comportamentalmente dos não- delinquentes, em quaisquer facetas importantes, excepção feita da violação da lei. Contudo, eles explicaram aproximadamente um terço dos jovens encarcerados pelo sistema criminal de justiça.

As subculturas que promovem a delinquência de grupo respeitam os bens sucedidos violadores da lei no seu seio e rejeitam os que declinam a sua participação em actividades anti-sociais. Nestas circunstâncias, os jovens delinquentes experimentam um sentido de pertença e de bem estar, enquanto os não- delinquentes se sentem marginalizados e indignos.

Os delinquentes socializados raramente cometem crimes sozinhos, excepto talvez para impressionar os amigos ou por ter sido requerido pelo grupo, e é improvável que mantenham segredo, os companheiros, de algum acto solitário. Pelo contrário, a preferência por um comportamento de actos delinquentes solitários indica, geralmente, um problema psicológico relacionado com uma perturbação individual e não uma manifestação da influência de grupo. Isto não afasta a possibilidade de alguns dos membros de uma quadrilha de delinquentes poderem ser psicologicamente perturbados. Particularmente, nestes casos, o grupo propriamente dito reconhece qual dos membros é relativamente instável e perigoso e que membros têm falta de ponderação realista sobre a sua própria segurança ou pelas preocupações dos outros.